sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

De noite.

Inspira ação. Corro, liberto e em dez faleço. Boa companhia. Cria ativa. Sempre gostei. Jogo e rogo: "Pelo amor de Deus, não amanheça! Essa estrela já brilha mais forte", sempre  precei. Dia-rio! Ou choro. De-pende. De um lado pro outro, como vou ficar. In-canto de quarto, sala, cozinha, banheiro. Chega meu lar. Do outro lado de cá. Íntima que intima. E se abandona. Pra gostar. Do sabor que não provou. Precisa? Em cada detalhe. Perambulo. Sonambulo. Nem sei se essa palavra existe no mundo real! No meu. Sim. Eu aceito. Até que a morte venha. Se parar... Ah, não respondo por mim! Tem. Que continuar.

No playlist toca: "New Soul", (Yael Naim).

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pra todos aqueles que foram (e que ficam).

Porque quando as pessoas vão embora, fica um enorme buraco. Muitos chamam de saudade. Não sei. Nome. Mas é ôco. E fundo. Lá no mar. Que me afoga e assombra toda vez que penso em reviver. E todas as vezes que partem. Ao meio. Dia que não passa. Que me prende no tênue momento de passado e futuro. Arrebentou e divido os lados que quero me apegar. Queria. Não me despedir. Não é opção. É obrigação de uma oração. Amém. É assim que termina. Você pede e envia. Lá vai a prece. Tecida das formas. Castas das palavras. Vivi ali e queria voltar. Não choro. Rio. Que deságua até transbordar. Queria poder merecer escolher não perder. Não querer. Não ir. Pra não voltar tenho que aprender a olhar. Pra frente é que se anda. Pra trás é que se lembra. Por aqui é que encontro. A-Mar! Vem me lavar. Vem me levar. Pra junto daqueles que sinto saudade. Pra vida que ficou no passado e não aconteceu. A vida toda pela frente é muito tempo. Falta. Um pedaço. Em mim. À benção daqueles que já foram. Deixou o fruto. Maturando. Eu. Sou. E fico.

No playlist toca: "A vida quis assim", (Oswaldo Montenegro).