segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Despedaço

Não me deixa. Ainda. Não aprendi a dizer adeus. Todos os dias procuro sua lembrança na minha gaveta; desde minha concepção até a última lágrima. Que rola. De um lado pro outro e não acha posição. Ora presa na garganta, ora escorrida. Não se apaga, não. Que eu me bato e debato. Comigo mesma tentando entender. É que ninguém veio aqui me dar explicação. Quando fui. Já tinha ido. Pra longe do meu abraço. E consciência. Não quero me entregar sozinha. Não quero levantar meu véu. Quero ser fotografada. Por essa tua alegria de me amar. Acima de tudo. De me adorar e adornar. Com teus carinhos, mimos, compreensão e orgulho. D'eu ter me tornado o que sou. Parte de você. E despedaço. Deixo por aí minhas partidas. Não sei se aguento chegar. Tantas mãos se estendem: seguro em todas pra achar você. Abarroto de esperança que você vá voltar. Em outra parte. De mim. Gerada. Girando. Umbilicando mais uma vez.

No playlist toca: "Epílogos e finais", (Agridoce).

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