Gosto de sonhos. Lá tenho encontros, lá a saudade acaba. Os meus resquícios reais se tornam irreais e um pedaço meu se descobre inexistente ao não deixar de existir. Valorizo cada ilusão dessa realidade rendida que toma pra si o inverso do pranto; lá eu danço minha harmonia com tons degradés. Grito segredos sussurrados e saboreio doces delírios que se deliciam com meu gozo por não durar. É que eu tenho hora, não posso demorar. Ele é efêmero e me faz aspirar. Cada cantinho. Que eu possa cantar. Melo-dias intermináveis que parecem não passar. Gosto de novo, esse dejavú, quando acorda em acordar. Não colo pedaços de um sonho pra outro, são egoístas, únicos na sua forma de se apresentar. Não divido porque de vida nada vou levar. Não posso dormir pra sempre porque isso seria não sonhar. Não posso controlar meus sonhos porque isso seria não desejar. Quero não deixar a vida para saber diferenciar. O que apetece do que há e, do que eu queria que houvesse. Parte desse mundo vai lá. E me traz de volta pra cá. Lá sou surpreendida, não morro. Só montanhas. Vale. À pena do que é despertar. Vivo pra (sempre) nesse mundo poder voltar.
No playlist toca: "When you kiss me", (Shania Twain).
Incrível! Ela não desperdiça inspirações *--*
ResponderExcluirQue bom encontrar pessoas como você. O mundo virtual nos permite essa troca e o compartilhar é a melhor coisa.
ResponderExcluirQue Deus te ilumine sempre.
Beijos se cuida