Porque quando as pessoas vão embora, fica um enorme buraco. Muitos chamam de saudade. Não sei. Nome. Mas é ôco. E fundo. Lá no mar. Que me afoga e assombra toda vez que penso em reviver. E todas as vezes que partem. Ao meio. Dia que não passa. Que me prende no tênue momento de passado e futuro. Arrebentou e divido os lados que quero me apegar. Queria. Não me despedir. Não é opção. É obrigação de uma oração. Amém. É assim que termina. Você pede e envia. Lá vai a prece. Tecida das formas. Castas das palavras. Vivi ali e queria voltar. Não choro. Rio. Que deságua até transbordar. Queria poder merecer escolher não perder. Não querer. Não ir. Pra não voltar tenho que aprender a olhar. Pra frente é que se anda. Pra trás é que se lembra. Por aqui é que encontro. A-Mar! Vem me lavar. Vem me levar. Pra junto daqueles que sinto saudade. Pra vida que ficou no passado e não aconteceu. A vida toda pela frente é muito tempo. Falta. Um pedaço. Em mim. À benção daqueles que já foram. Deixou o fruto. Maturando. Eu. Sou. E fico.
No playlist toca: "A vida quis assim", (Oswaldo Montenegro).
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