terça-feira, 30 de setembro de 2014

E dói. Bem no meio do peito até tirar o ar. Que foi soprado dos teus pulmões, que já foi meu ar.
E coração. E já foi pernas, boca e saliva.
Foi batendo no fundo do poço do peito pra chegar ao topo. E me perco ao me enxergar no teu olhar.
E me vejo bela!
Nunca foi tão bom, nunca foi tão curto. Pra me deixar e não te entender, não precisar me explicar.
A gente nunca precisou falar.
Já estava escrito. Destinado. Esse ato desatinado e impensado.
Loucura personificada e desatada entre tão regrada, inesperada, não planejada.
E tomba pra segurar.
Aperta pra respirar. Une quadris e descobre mundos.
É sendo uma pra me dar à dois
que pegamos dois e nos tornamos um.

No playlist toca: "Amar Amor", (Ana Cañas).

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Dois pra lá, dois pra cá II

O controle que pensava ter, vou simplesmente suspendeu.
Nunca existiu ou foi verdadeiro, era coluna que não me deixava perceber
Que não se vive por uma reta, que passeando pela minhas curvas
Você me permite ser.

Uma dose ou outra pra inebriar
Um passo de cada vez até a gente se acertar
Não precisa correr, não precisar se apressar
A hora chega quando tem que chegar.

Quero cada pedaço
Quero cada mordida
Que nem o cantor disse: "matar minha sede na saliva".
Com água na boca e esse teu cheiro que me anestesia
Tento achar encantos nas vírgulas da minha rima?

Reclamo de não poder ser perfeita
Pra você.
Pra mim.
Pra nós.
E rio assim.

Vendo beijo de novela
Amor em letras de livro
Não posso prometer o futuro
Só posso ter dar o que vivo.

No playlist toca: "Remanso", (Maria Bethânia).